A Violência Contra A Mulher: Pandemia Que Não Cessa
Por: Anderson Costa • 29/8/2023 • Trabalho acadêmico • 1.449 Palavras (6 Páginas) • 78 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
3 CONCLUSÃO 7
- INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo fazer uma reflexão sobre o papel da mulher no contexto familiar, social, econômico, político, considerando-se a formação da sociedade brasileira no contexto histórico e cultural, a realidade frente a violência contra as mulheres, em especial as mulheres negras, as desigualdades de gênero, a discriminação, o racismo e tantos preconceitos que afetam a vida das mulheres, impactando suas famílias, seu bem estar, a vida em sociedade, ocasionando muitas vezes a perda de direitos e liberdades individuais, como o direito de ir e vir e de viver.
- DESENVOLVIMENTO
A violência contra a mulher é todo ato que provoca danos físico, psicológico, sexual, patrimonial, pelo simples fato de ser mulher, ou seja, a motivação principal é o gênero, como é o caso do assédio, da violência doméstica, do estupro, do feminicídio que rouba a vida de tantas mulheres.
Falar sobre violência contra a mulher é um tema muito delicado e pessoal. É difícil pensar que em pleno século XXI, com o avanço das tecnologias, com leis próprias que defendem as mulheres, com o apoio que os centros sociais oferecem, com a estruturação de organismos governamentais, as mulheres tenham que passar por esta situação.
Precisamos tentar entender o porquê, para buscar alternativas que possam amenizar, diminuir a violência sob todas as formas, sofrida pelas mulheres. Muitas delas vêm de lares desestruturados e já ” acostumadas” a passar por tal situação e não veem saída. Outras na tentativa de fugir de problemas familiares se casam cedo e quando passam a sofrer violência não tem condições financeiras, nem apoio da família para solução do problema. Alguns acham “bonito” ciúme possessivo e controlador, enganosamente pensam que é amor, porém quando se dão conta, não há mais tempo de sair do relacionamento abusivo e acabam sofrendo violências e até mesmo perdendo a vida.
No Brasil o índice de violência contra a mulher aumentou 19% no primeiro semestre de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. No total foram 648 mulheres assassinadas no país por causa do gênero. Os dados fazem parte do Cenário Brasileiro de Segurança Pública. Se antes da Pandemia, uma em cada três mulheres no mundo era vítima de violência, essa situação se agravou no último ano. Segundo uma pesquisa realizada pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) revelou que 15% das brasileiras relataram ter sofrido algum tipo de violência psicológica ou física durante a pandemia, equivalente a 13,4 milhões de brasileiras. São 25 mulheres agredidas a cada minuto’’.
O dado sobre a violência doméstica também tem impacto muito alto na economia. Segundo pesquisa da Universidade Federal do Ceará e do Instituto Maria da Penha, as vítimas perdem em média, 18 dias de trabalho ao ano, por consequência direta das agressões sofridas e também com menor estabilidade, menos tempo de permanência em seus cargos e menor produtividade.
As empresas, pensando no bem-estar de suas funcionárias, poderiam, ao contratar mulheres, adotar uma política empresarial de capacitação, conscientização e apoio às mulheres, articulando com a rede assistencial e órgãos afins, sempre que houver a identificação de algum abuso sofrido por mulheres de seu quadro funcional, a fim de garantir o respeito e o direito, coibindo assim a perpetuação deste mal que tem feito tantas vítimas em nosso país.
Uma empresa pode tornar-se grande agente na transformação. Através da disseminação de orientações e do oferecimento de suportes. Temos como exemplo a Magazine Luíza (empresa), que criou a plataforma “justiceiras” em março de 2020. Com aumento de casos de violência, elas trabalham para garantir a integridade física e mental, apoiando, capacitando e fortalecendo suas colaboradoras e outras mulheres. Explicitam sobre seus direitos e promovem treinamento preventivo. Estas são alternativas que fazem a diferença. Necessária haver o engajamento de todos para o enfrentamento desta problemática.
A raiz desse mal tem raízes mais profundas. Há um elemento cultural bastante importante que tem a ver com a formação da sociedade brasileira considerando – se neste mister o preconceito racial, o machismo, tão arraigado pela cultura de nossa sociedade, as desigualdades entre homens e mulheres, a desvalorização do trabalho da mulher, onde em iguais cargos a mulher tem remuneração inferior.
Racismo, preconceito e discriminação se entrelaçam, sendo que o “racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos”. (Wikipédia).
No texto base do estudo vemos que “a formação da sociedade brasileira é pautada por um complexo processo de desigualdade, cuja construção histórica firmou suas bases em uma espécie de mentalidade colonizada pelo patriarcalismo e patrimonialismo que pode ser entendido como uma herança de modo de produção escravista, que permaneceu oficialmente até 1888”.
A escravidão, sempre associada ao racismo foi institucionalizada se fortalecendo na ideia da inferioridade da raça negra.
Mesmo com a abolição da escravatura, a população negra continuou a sofrer toda espécie de discriminação e continua até hoje. São frequentes os relatos e denúncias de preconceito e discriminação sofrida por pessoas negras, seja por parte da sociedade ou do próprio Estado.
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