Crack Uso Restrito as Metrópoles ?
Por: MARIA SOUZA • 18/10/2015 • Trabalho acadêmico • 942 Palavras (4 Páginas) • 202 Visualizações
RESUMO
O Crack vem sendo uma das drogas mais consumidas nos últimos tempos, sendo cinco vezes mais potente que a cocaína e relativamente mais barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, estando presente em todas as classes sociais e em diversas cidades do país. Atualmente são mais de 600.000 pessoas dependentes, somente no Brasil.
Palavras Chaves: Crack, Problema Social, Drogas.
INTRODUÇÃO
Certamente o uso do Crack não é um problema social restrito somente às grandes metrópoles. Todas as cidades brasileiras, da menor a maior, sofrem atualmente com o uso indiscriminado da droga.
Temos acompanhado pela mídia inúmeras ações policiais de repressão ao uso do Crack, no entanto, o problema não é somente uma questão de segurança, mas também de saúde pública. Compreendemos que a polícia deve atuar no combate ao tráfico, mas os usuários devem ser encarados como portadores de uma doença, que é a dependência química, portanto, devem receber o tratamento adequado.
Além da esfera da segurança e da saúde, a educação pública e os setores sócio-culturais também devem se envolver no combate ao uso do Crack, para que possa acontecer uma inclusão social do indivíduo após livrar-se do vício.
DESENVOLVIMENTO
Concordamos com os autores do texto de apoio, quando os mesmos afirmam que o Crack é um desafio social. Sem dúvidas as políticas de segurança pública e do Ministério da Saúde precisam ser complementares, para que possam ser efetivas. Ressaltamos que não sô o uso do Crack deve ser combatido, mas também o de outras drogas ilícitas (maconha, cocaína, etc.) e lícitas (álcool e o tabaco).
É importante registrarmos que na maioria dos depoimentos de dependentes químicos, os mesmos relatam que antes de usarem drogas ilícitas, utilizavam drogas lícitas, principalmente o álcool, e que este também seria um dos responsáveis pelo processo de recaída após a tentativa de livrar-se do vício. Sem dúvidas, o tratamento clínico proporcionado aos dependentes químicos atualmente no Brasil, carece de um aprofundamento de conhecimento do problema e não de excessivas liturgias bíblicas.
O papel da mídia no combate ao uso de drogas também deve ser revisto, pois esta se preocupa apenas em demonizar o Crack e subestima seu poder de dar prazer e fuga da realidade para seus usuários. Deve-se enfocar não somente o risco das drogas para a sociedade, mas principalmente para o indivíduo.
Almeida, Pasa e Scheffer, no seu artigo Dependência de Álcool, Cocaína e Crack e Transtornos Psiquiátricos, analisam os dados de uma pesquisa realizada com alguns usuários de drogas e chegam às seguintes conclusões: acidentes de trânsitos, violência doméstica e vários episódios envolvendo agressões, são geralmente consequências do abuso de drogas; sendo parte da realidade de países de todo o mundo.
Os autores afirmam que o início do consumo das substâncias ilícitas, é incentivado por curiosidade e alívio de dor e sofrimento, no entanto levam a autodestruição, isolamento, dependência e na maioria dos casos, transtornos psicológicos.
Além dos problemas físicos, sociais e econômicos, o indivíduo que faz ou fez uso de psicotrópicos, ainda carregam consequências como a baixa escolaridade, já que a utilização de drogas leva ao prejuízo cognitivo, baixo rendimento e consequente abandono do ambiente educacional.
Um fator que não podemos deixar de ressaltar e que foi amplamente discutido pelos autores do texto citado anteriormente, é a relação entre o uso de drogas e hereditariedade. Sabe-se que em muitos casos, os usuários de drogas imitam o comportamento de outros familiares. Outro ponto a ser considerado é a alta probabilidade que os usuários de drogas têm de atentarem contra a própria vida, muito mais do que aqueles
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