ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE DESEMPREGO E A INFLAÇÃO NO PRIMEIRO MANDATO DO GOVERNO FHC

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CAMPUS SOROCABA

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

DISCIPLINA: MACROECONOMIA 2

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE DESEMPREGO E A INFLAÇÃO NO PRIMEIRO MANDATO DO GOVERNO FHC

Profa. Maria Aparecida Silva Oliveira

Alunos:

Betty Iara Berdejo – RA 409219

Silvia Amstalden Aguillera – RA 409090

Marcos Vinicius – RA

Camylle Tanaka – RA

SOROCABA, JUNHO DE 2012.

Índice

1. Introdução ...........................................................................................2

2. Definição de Inflação e Desemprego...................................................2

2.1 Inflação....................................................................................2

2.2 Inflação Inercial........................................................................2

2.3 Taxa Natural de Desemprego..................................................2

2.4 Cenário de inflação e desemprego no Brasil no período de 1995-1998...........................................................................................5

3. Políticas Econômicas tomadas no Primeiro Mandato do Governo FHC.....................................................................................................3

3.1 Política Fiscal...........................................................................7

3.2 Polítia Monetátia.......................................................................8

3.3 Política Cambial........................................................................8

4. Resultados das Políticas do Primeiro Mandato do Governo FHC – Inflação e Desemprego.......................................................................8

7. Conclusão...........................................................................................11

8. Referências.........................................................................................12

1. Introdução

2. Definição de Inflação e Desemprego

2.1 Inflação

Pode-se definir inflação como alta generalizada e persistente do nível de preço. A inflação gera distorções na economia, uma delas é a redistribuição perversa da renda, onde a renda passa do empregado para o empregador, gerando maior desigualdade. Outra distorção é a desvalorização da moeda, a moeda perde suas funções de meio de troca, reserva de valor e unidade de medida.

A inflação ainda pode causar a destruição do referencial de preços, perdendo-se os parâmetros dos preços, gera dificuldades na balança de pagamentos pela apreciação do câmbio que faz cair as exportações.

2.2 Inflação inercial

Pode ocorrer uma memória de inflação, onde a inflação atual é uma reprodução da inflação passada (Luiz Bresser, julho-setembro 1986).

2.3 Taxa Natural de desemprego

A taxa natural de desemprego é de extrema importância para a análise da relação entre inflação e desemprego, uma vez que será apresentada a teoria da Curva de Philips (CP) para se discutir essa relação. Ela pode ser descrita como uma taxa de desemprego de equilíbrio, equilíbrio esse entre a fixação de salários e fixação de preços. O termo natural pode ser entendido pela definição que o desemprego natural seria aquele composto pelo desemprego friccional e pelo desemprego estrutural. O desemprego friccional é o desemprego momentâneo em que uma pessoa acabou de sair de um emprego para começar em outro. O desemprego estrutural decorre da qualificação da mão-de-obra, onde alguns setores têm excesso de oferta de mão-de-obra e outros setores têm excesso de oferta de mão-de-obra.

Para se entender melhor a taxa natural de desemprego será apresentada a fixação de salários e fixação de preços. A fixação de salários (FS) pressupõe a seguinte equação,

W=Pe F(u,z) , onde:

W é o salário nominal;

Pe é o preço esperado;

u é a taxa de desemprego que afeta a fixação de salário negativamente;

z é uma variável abrangente que afeta a fixação de salário positivamente.

A equação mostra que quanto maior a taxa de desemprego menor é o poder de negociação dos salários. A fixação dos preços (FP) pressupõem a seguinte equação,

W=P, onde:

µ é a margem (markup) no mercado com poder, mostrando que quanto maior o poder de mercado menor seriam os salários.

Com o equilíbrio entre a FP e FS, onde , encontramos a taxa natural de desemprego (un) como pode-se ver no gráfico a seguir.

Gráfico 1: Desemprego Natural.

2.4 Cenário de inflação e desemprego no Brasil no período de 1995-1998

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso assume a presidência em 1995 com um cenário de alta inflação e com o Plano Real já em curso, no início do período a inflação era de 631,54% no acumulado de 12 meses e em dezembro de 1995 fechou em 22,41%, enquanto a taxa de desemprego fechou o ano de 1995 em 6,7%. Durante os anos do primeiro mandato observa-se a queda da inflação e o aumento da taxa de desemprego que chegaram a 1,65% e 9,7% respectivamente no final de 1998. Os dados foram retirados do site do IBGE.

Tabela 1: Série Histórica – IPCA.

Fonte: IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.