O Segundo Governo FHC e a Condução da Política Econômica.
Por: José Antonio Zuany Teixeira • 17/7/2016 • Artigo • 698 Palavras (3 Páginas) • 572 Visualizações
Universidade Federal Fluminense – Faculdade de economia
Economia brasileira contemporânea – A1 – 2016.1 – Renaut Michel
Aluno: José Antonio Zuany Teixeira
Artigo: O segundo governo FHC e a condução da política econômica.
Introdução.
O segundo governo FHC foi marcado pelo abandono da ancora cambial e a implementação de metas de inflação como uma medida de segurar as taxas de inflação anual próximas a uma meta anual e, portando, conter as crises inflacionárias que eram recorrentes até o início da década de 1990.
Abandono da âncora cambial.
Após manter o regime de bandas cambiais até o início de janeiro, quando o Banco Central implementou o regime de câmbio flutuante, o Real sofreu uma forte desvalorização, marcando a primeira crise do real, chamada “efeito samba”. Durante um breve período de janeiro a fevereiro o dólar subiu de R$ 1,20 para R$ 2,00.
A implementação do câmbio flutuante em 1999 teve origens na abertura econômica do país, que passou a sofrer grande concorrência de produtos importados, reduzindo a atividade econômica da indústria, mas também contendo a inflação, graças a concorrência de preços.
As crises asiática e russa, respectivamente, em 1997 e 1998 ainda trouxeram graves problemas para o Brasil, como a drástica redução dos preços das commodities brasileiras no mercado externo e redução do crédito externo, dificultando a captação de dólares no exterior. Esses fatores inibiram a manutenção de um câmbio fixo sobrevalorizado.
Nova âncora cambial
Com a nomeação de Armínio Fraga para a presidência do Banco Central e o socorro do FMI o Brasil respiraria novos ares no final da década de 1990 e o panorama iria mudar com uma nova âncora. Com o fim das bandas cambiais, a nova medida de política econômica adotada para segurar a inflação foi a adoção de um regime de metas anuais de inflação.
Com o novo regime, o Copom deveria centrar os seus esforços de política econômica em medidas para se aproximar do centro da meta. O centro da meta para a taxa de inflação em 1998 foi de 8% ao ano, com margem de tolerância de até dois pontos percentuais a mais ou a menos. Ele se reduziria para 6% e 4% em 1999 e 2000, respectivamente. Embora o governo tenha aprovado um maior déficit público para o ano 1998, a meta de superávit primário aumentaria para 3,10%; 3,25% e 3,35% do PIB para os anos de 1999 a 2002.
Mesmo com a economia brasileira passando por um momento de incerteza quanto a inflação e uma recente crise cambial, alguns fatores explicam porque a taxa de inflação não disparou no período. A permanência de um regime de âncora e a credibilidade do governo são os principais fatores para explicar a contenção da inflação.
A contração da demanda no primeiro semestre de 1999 segurou o repasse do câmbio aos preços. O regime de metas para a inflação e as políticas monetária e fiscal rígidas mantiveram as boas expectativas dos agentes.
Os últimos anos do governo FHC.
Após a firmeza da política econômica adotada em 1999, o Brasil viveu um ótimo ano para os indicadores econômicos em 2000. No ano o país teve um saldo comercial negativo de 697 milhões de dólares, taxa de inflação pelo índice IPCA em 5,97% e um crescimento anual do PIB de 4,3%.
O bom momento seria freado no ano seguinte devido a crise elétrica de 2001, expondo a fragilidade do setor energético do país. Com a redução do consumo de energia tanto pela indústria quanto pela população. Ainda os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 derrubaram os mercados financeiros ao redor do mundo e o volume de transações financeiras.
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