O PROBLEMA SOCIAL DO SUICÍDIO NA VISÃO DE DURKHEIM

CENTRO UNIVERSITÁRIO AGES

SOCIOLOGIA 2019/2

GRUPO: PENSADORES SOCIAIS

TEMA: O PROBLEMA SOCIAL DO SUICÍDIO NA VISÃO DE DURKHEIM

Pensando em compreender o fenômeno do suicídio a partir das ideias de Durkheim, Teixeira (2002) demarca a concepção do teórico acerca da sociedade, onde este defende que a mesma é uma realidade diferente das instituições e dos sujeitos, ou seja, é a forma como as coletividades se organizam que define as atitudes particulares dos indivíduos. Desse modo, a teoria durkheimiana afirma que só é possível explicar um fato social, como o suicídio, a partir de outro fato social. Nessa linha de raciocínio, pode-se usar como exemplo os problemas financeiros que geram sofrimento em muitas pessoas e, muitas vezes, fazem com que estas tentem acabar com a própria vida. Logo, uma problemática desencadeia a outra.

Portanto, Teixeira (2002) discute que, enquanto a ciência psicológica se volta principalmente às questões subjetivas do suicídio, compreendendo esse fenômeno com base no contexto social do sujeito, a ciência sociológica parte do viés social, enfatizando como a própria organização da sociedade é responsável pelas taxas de suicídio presentes na atualidade. Sendo assim, se utilizando das ideias de Durkheim, o autor deixa evidente que, ao pensar numa possível resolução para o problema social do suicídio, considerando a perspectiva da Sociologia, constata-se que não é possível definir uma solução propriamente dita e definida para tal fenômeno, pois a análise deste deve ser feita diante de cada cultura, em seus diferentes costumes e organização.

Por conseguinte, sobre as noções positivistas de Durkheim, é explicado que estas defendem que os aspectos sociais devem ser explicados através da própria ordem social. Destarte, a organização social é entendida como consequência da ação humana, onde é enfatizado que, para explicar os casos de suicídio e suas motivações, é preciso fazer uma observação dos fatos e comparação com outras situações da mesma ordem, ou seja, com o conjunto de suicídios cometidos numa determinada sociedade. Contudo, Teixeira (2002) aborda que a taxa de suicídios deixa evidente a sua permanência e variabilidade, esta última que acontece, de acordo com o autor, do mesmo modo que a individualidade social.

REFERÊNCIA

TEIXEIRA, R. R. Três fórmulas para compreender “O suicídio” de Durkheim. Interface. Comunic, Saúde, Educ, v. 6, n. 11, p-143-52, 2002.