Crianças Abandonadas no Brasil

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ADRIANA BUENO RIBEIRO

CRIANÇAS ABANDONADAS NO BRASIL

Um problema social ou político?

Trabalho realizado à Universidade Norte do Pará – UNOPAR, para compor a nota em disciplina interdisciplinar.

        

TRINDADE

2012

SUMÁRIO

        INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1

       DESENVOLVIMENTO..........................................................................................................2

       CONCLUSÃO..........................................................................................................................5

        REFERÊNCIAS.....................................................................................................................6

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INTRODUÇÃO

Este trabalho foi elaborado com o intuito de compreender os elementos sociais e políticos envolvidos no processo do abandono das crianças no Brasil. Para melhor compreender a complexidade de tais elementos faz-se necessário fazer um retrospecto histórico de tal situação.

No presente trabalho, ficam evidenciados os impactos causados pelo abandono no âmbito familiar, sendo um grave problema social que precisa ser enfrentado não apenas pelo poder público, mas por toda a sociedade.

O abandono de crianças ainda é uma realidade lamentável no mundo contemporâneo, e embora existam diferentes definições nas diversas áreas do conhecimento (Psicologia, Sociologia, Direito, entre outros), todas têm em comum a preocupação em tornar visível a necessidade da criança. Muitas vezes, dadas as circunstâncias de miséria, entre tantos outros fatores, a institucionalização apresenta-se como a única alternativa viável para garantir a sobrevivência dos filhos de muitas famílias das camadas populares.

 DESENVOLVIMENTO

O abandono de crianças no Brasil vem desde a era colonial, na época era comum encontrar crianças abandonadas em portas de residências, ruas, becos, onde a criança teria uma grande chance de ser encontrada e ser adotada por alguém. Em outros casos eram abandonadas em lixos rios entregue a própria sorte dificilmente conseguiriam sobreviver.

Outro fator a considerar estava a discriminação que prevalecia entre moças que engravidavam fora do casamento se viam obrigadas a se desfazer do seu próprio filho tentando preservar sua honra, outro motivo era a falta de recurso financeiro para cuidar da criança. Nossa sociedade ainda sofre herança desse passado.

Com o avanço das indústrias no século XX muitas famílias brasileiras saíram da zona rural e vieram para a urbana no intuito de conseguir trabalho e melhorar de vida e o resultado disto foi um grande inchaço nas cidades trazendo consigo a questão social, como falta de moradia, alimentação, emprego, infra-estruturas entre outros, gerando vários infortúnios e conseqüentemente as famílias começavam a desestruturar chegando ao ponto de abandonar os filhos na esperança que o governo acolheria, já que não via outra forma de conseguirem a assistência do poder público.

No Brasil assistimos ainda o período colonial às praticas de infanticídio, onde o procedimento de abandono da criança no Brasil pode ser considerado como um processo freqüente e continuo.

O senso comum sempre vê essa mãe de forma violenta e se questiona sobre o que a leva a cometer este ato. Na sua maioria são mulheres desempregadas, que sustentam sozinhas a família e estão numa condição de solidão. Diante disso: da pressão, do não ter, da exclusão total e do abandono da família, ela vê o abandono dos filhos como única saída e nós, enquanto sociedade acabamos sendo tendenciosos e fazemos um julgamento de valor, não enxergando o real motivo de tal atitude.

Em alguns casos a mãe que comete tal ato tem problemas psíquicos e que necessita de ajuda médica para poder resgatá-la para realidade e trazer a tona o seu instinto maternal.

As instituições são, às vezes, a única opção de amparo encontrada pelos pais para minorar o sofrimento dos filhos em determinados momentos da vida familiar. Os principais motivos além dos já citados são  doença dos pais, dependência química do pai, da mãe ou de ambos, prisão dos pais ou responsáveis.

Segundo o Estatuto da Criança e Adolescentes (ECA) a proteção integral as crianças e adolescentes esta consagrada nos direitos fundamentais inscritos no artigo 227 da constituição federal de 1988. E dever da família e do estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito a vida, a saúde, a alimentação, a educação, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

“Um adolescente totalmente violado em seus direitos, vítima de uma sociedade que não tem uma ética, e não tem uma conduta moral, não tem uma distribuição de renda, não tem um salário digno, e por isso as famílias entram em crise. O salário do pai que não existe, a falta da mãe, a falta da constituição familiar, a .falta de escola, a falta de uma política de assistência adequada, a limitada distribuição de renda do país, falta de reforma agrária.., vitimas de um sistema.” (Coordenador 08)

 

 A família é o instituto primordial de todo individuo e a sua formação dentro dela e de fundamental importância na definição dos traços da personalidade. Assim prejudicado estará aquele que não tem um homem para chamar de pai e uma mulher para chamar de mãe, a importância de um pai e uma mãe para um criança é uma necessidade fundamental, infelizmente existem varias crianças que não dispõe desse prazer de ter o pai e a mãe juntos.