BRINCAR: UM DIREITO DA INFÂNCIA E UMA RESPONSABILIDADE DA ESCOLA
Por: Deborah Alcarde • 30/8/2017 • Resenha • 931 Palavras (4 Páginas) • 932 Visualizações
RESENHA DO CAPÍTULO 6-BRINCAR: UM DIREITO DA INFÂNCIA E UMA RESPONSABILIDADE DA ESCOLA .
Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Educação da FCL/UNESP/Araraquara; Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2004); Especialista em Psicopedagogia "Abordagem Clínica dos Problemas de Aprendizagem"; Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Docente das Faculdades Integradas de Jaú e da Universidade Paulista/Araraquara. Membro Pesquisadora da equipe de pesquisa "Educação Infantil: aprendizagem e desenvolvimento profissional em contextos integrados." FCL/UNESP/Araraquara. Docente do curso de especialização "Docência na Educação Infantil", realizado na Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, UNESP e do curso de especialização "Psicopedagogia Institucional e Clínica", realizado nas Faculdades Integradas de Jaú. Publicou o capítulo "As brincadeiras de roda: vamos todos cirandar..." e o capitulo "Brincar: um direito da infância e uma responsabilidade da escola", no livro Educação Infantil: para que, para quem e por quê (ORG. A)
No capítulo seis do livro “Educação Infantil: para quê, para quem e por quê”, Mascioli trata da importância do brincar na infância que foi se perdendo com o tempo devido a evolução da sociedade voltada para o capitalismo. A autora explica que o direito de brincar foi assegurado por meios legais, já que alguns burlam este momento da infância na fase dos 3 aos 6 anos, viu-se a necessidade de criar leis que amparam a crianças neste momento único que o brinca, e o patamar desta lei está igualado aos do direito a cultura, lazer, esporte e outros que afirmam a crianças enquanto sujeito de direitos na sociedade em que vive.
Este rompimento com o direito de brincar está embasado no modelo de sociedade em que vivemos no qual incentiva cada vez mais a inserção de atividades na rotina da criança para atarefa-las no intuito de fabricar modelo de crianças multifuncionais, quando na verdade estão criando uma geração cansada e sem a ludicidade para brincar livremente. Antigamente os familiares eram participativos nas brincadeiras e jogos, que propiciam momentos de socialização, cultura e de ludicidade, entretanto com a vinda da era industrial os adultos começaram a ter outras responsabilidades em relação aos seus trabalhamos, era necessário ser produtivo ao máximo, com isso perde-se os elementos estimuladores do lúdico, as crianças tem que se mudarem junto de seu pais para áreas urbanas perdendo suas ligações com outras crianças e principalmente com seu meio cultural. Podemos verificar isto na citação de Mascioli:
O mundo moderno vem nos desapropriando das atividades lúdicas, trazendo intrinsecamente um caráter cada vez mais centrado nas ideias do trabalho, produção e seriedade, a ponto de nos sentirmos culpados quando temos um tempo livre dou destinados ao lazer à diversão.
As escolas por sua vez vêm utilizando-se mais da brincadeira dirigida com o intuito de pedagogizar seus alunos e cada vez menos propiciando momentos de espontaneidade no brincar livre como meio de produção de cultura. Este ambiente no qual as crianças passam boa parte de seu dia deve ser estimulador da imaginação e do faz de conta, os professores devem inserir na rotina de seus alunos brincadeiras de interação social, na qual a crianças consiga produzir e assimilar a cultura do outro. Muitas das vezes é na escola que a criança tem contato com brincadeiras simples que use a criatividade e o lúdico, pois em casa a sua prática são jogos eletrônicos que os mantem presos sob uma tela, a professora deve ser mediadora deste processo e verificar quem está mais aflorado na questão de ludicidade e aquele que precisa ser mais desenvolvido ludicamente.
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